sexta-feira, 11 de junho de 2010

Só tu!


Tu.
Só tu!
Que abalroaste o meu coração e o apartaste de mim, incensível aos meus avisos e apelos.
Tu.
Só tu!
Que pregaste o meu frágil coração na cruz do teu penoso Altar particular e partiste rumo a outras rotas, a outras religiões, a outros credos.
Tu.
Só tu!
Cuja a ausência me provocou o caus como numa noite escura, no breu de hoje sinto que o tempo da cura e do luto tornou a tristeza normal.
Tu.
Só tu!
Não brinques tanto com o meu coração! Não o deixes vir na solidão envergonhado por voltar a sós!
Tu.
Só tu!
Depois que esta confusão toda passar e que o que é confuso te deixar sorrir, devolve-me o que tiraste daqui, que o meu peito se abre, se rasga, desata os nós.
Tu.
Só tu!
Se um dia resolveres mudar: tira meu pobre coração do altar. Devolve-mo como (Sim!) deve ser! Ou então, diz-me que dele resolveste cuidar. Tira-o da cruz e canoniza-o.
Tu.
Só tu!
Faz o que te parecer melhor.

Eu.
Só eu ... esperarei por ti ... até ao fim dos tempos.




Adaptado de um poema de Maria Gadú

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